Por que tudo é tão pesado? - Um ano sem Chester Bennington
Rio de Janeiro,
20 de Julho de 2018
Um ano do falecimento do Chester Bennington
20 de Julho de 2018
Um ano do falecimento do Chester Bennington
Consigo me lembrar perfeitamente o que eu estava fazendo neste mesmo dia, ano passado, quando Rafael me deu essa notícia pelo whatsapp. Eu estava sentada com meu notebook na mesa, na casa dos meus pais, escrevendo algo para o Vigor Frágil.
Fiquei absurdamente chocada. Aquilo não podia ser verdade. Apesar de saber que o Chester lidava com depressão há anos, eu acreditava que as músicas, sua grande e bonita família e seus colegas de banda, o ajudavam a viver em meio ao caos que quem era fã, sabia que era sua mente. Imediatamente comecei a buscar em sites de notícias e nada era confirmado. Até que o Mike finalmente confirmou a história que vinha se espalhando nos sites de fofoca.
Senti minha mente se abalar. Senti um pouco de dificuldade de respirar. Chester, com sua voz insubstituível, entoava hinos - sobre conflitos internos, com os pais, relacionamentos passados - que me abraçavam de uma forma, que poucas bandas ou cantores fizeram.
Quanto mais o tempo passava e mais a minha depressão piorava, mais eu encontrava um lar nas músicas do Linkin Park e, cada vez mais, cada uma delas passou a fazer um sentido absurdo dentro de mim. E eu nem acredito que não existirão novos hinos para me ajudar a compreender o que eu sinto. Porque eu sabia que o Chester me entendia, mas eu não entendia o por quê do Chester ter escolhido não existir mais entre nós.
Mas eu passei a entender. A cada nova crise, eu passei a entender cada letra e como elas eram pedidos de socorro, cartas de despedida e como eu fui inocente em pensar que, naquelas palavras cantadas e gritadas tão feroz, ou fracamente, que ele conseguiria deixar a vida seguir seu curso normal. Seu fim estava anunciado em várias músicas. O último álbum - One More Light - era recheado da dor do Chester, principalmente por ter perdido seu amigo Chris Cornell, também para a depressão e suicídio.
Foi nesse momento que ele sucumbiu. A turnê estava incrível, visivelmente linda, os arranjos impecáveis, o público cantava cada vez mais alto. Mas nada disso cura a perda de uma pessoa querida, que era a rocha e quem realmente entendia a mente do Chester. Por mais que tentássemos, não fomos suficientes. Nem nós, nem a família, nem os amigos de banda.
Neste último ano, a música Heavy tocou incessantemente em meu Spotify. No repeat. Em lives do Linkin Park. No clipe. Enquanto eu achava que o meu mundo estava desabando e que tudo estava pesado demais para carregar.
Chester se foi, mas deixou um pouco de luz sobre mim (One More Light). Deixou a sua compreensão sobre mim. E mesmo tendo cometido suicídio, suas músicas me ensinaram que eu não posso deixar que toda a dor me segue. Ele deixou um legado incrível, doloroso e que abraça milhões de fãs ao redor do mundo, mesmo que nos tenha deixado órfãos.
Além disso, sua esposa e seus companheiros de banda criaram uma campanha chamada #FuckDepresion e #MakeChesterProud, para ajudar pessoas com depressão e pensamentos suicidas. Você pode saber um pouco mais clicando aqui.
Onde quer que esteja, espero que Chester sinta orgulho do seu breve, mas imensurável legado. Seu suicídio só nos tornou mais fortes e mais conscientes da vida.
Fiquei absurdamente chocada. Aquilo não podia ser verdade. Apesar de saber que o Chester lidava com depressão há anos, eu acreditava que as músicas, sua grande e bonita família e seus colegas de banda, o ajudavam a viver em meio ao caos que quem era fã, sabia que era sua mente. Imediatamente comecei a buscar em sites de notícias e nada era confirmado. Até que o Mike finalmente confirmou a história que vinha se espalhando nos sites de fofoca.
Senti minha mente se abalar. Senti um pouco de dificuldade de respirar. Chester, com sua voz insubstituível, entoava hinos - sobre conflitos internos, com os pais, relacionamentos passados - que me abraçavam de uma forma, que poucas bandas ou cantores fizeram.
Quanto mais o tempo passava e mais a minha depressão piorava, mais eu encontrava um lar nas músicas do Linkin Park e, cada vez mais, cada uma delas passou a fazer um sentido absurdo dentro de mim. E eu nem acredito que não existirão novos hinos para me ajudar a compreender o que eu sinto. Porque eu sabia que o Chester me entendia, mas eu não entendia o por quê do Chester ter escolhido não existir mais entre nós.
Mas eu passei a entender. A cada nova crise, eu passei a entender cada letra e como elas eram pedidos de socorro, cartas de despedida e como eu fui inocente em pensar que, naquelas palavras cantadas e gritadas tão feroz, ou fracamente, que ele conseguiria deixar a vida seguir seu curso normal. Seu fim estava anunciado em várias músicas. O último álbum - One More Light - era recheado da dor do Chester, principalmente por ter perdido seu amigo Chris Cornell, também para a depressão e suicídio.
Foi nesse momento que ele sucumbiu. A turnê estava incrível, visivelmente linda, os arranjos impecáveis, o público cantava cada vez mais alto. Mas nada disso cura a perda de uma pessoa querida, que era a rocha e quem realmente entendia a mente do Chester. Por mais que tentássemos, não fomos suficientes. Nem nós, nem a família, nem os amigos de banda.
Neste último ano, a música Heavy tocou incessantemente em meu Spotify. No repeat. Em lives do Linkin Park. No clipe. Enquanto eu achava que o meu mundo estava desabando e que tudo estava pesado demais para carregar.
Chester se foi, mas deixou um pouco de luz sobre mim (One More Light). Deixou a sua compreensão sobre mim. E mesmo tendo cometido suicídio, suas músicas me ensinaram que eu não posso deixar que toda a dor me segue. Ele deixou um legado incrível, doloroso e que abraça milhões de fãs ao redor do mundo, mesmo que nos tenha deixado órfãos.
Além disso, sua esposa e seus companheiros de banda criaram uma campanha chamada #FuckDepresion e #MakeChesterProud, para ajudar pessoas com depressão e pensamentos suicidas. Você pode saber um pouco mais clicando aqui.
Onde quer que esteja, espero que Chester sinta orgulho do seu breve, mas imensurável legado. Seu suicídio só nos tornou mais fortes e mais conscientes da vida.
2 Comments
Chorando.
ResponderExcluirEu lembro que quando meu marido me falou sobre a morte do Chester, assim como você, eu entrei em negação. Não podia ser. Mas ai, veio a confirmação e parecia que nada mais fazia sentido. Eu não consigo mais ouvir as músicas da minha vida sem chorar. Linkin Park moveu minha adolescência e vai continuar movendo minha vida, mas agora com um peso no coração por saber que não terão músicas novas pra me alegrar ou pra me fazer refletir... Enfim. Doí muito.
Vidas em Preto e Branco
Me dói cada dia mais, Lary!
ExcluirFoi muito difícil essa perda e ainda é. Arrisco a dizer que é insuperável.
Chester é insubstituível, com dores, sorrisos e traumas.
Chester foi escuridão por várias vezes e músicas, mas agora é One More Light and I care about it!
<3